No ano passado, em Agosto, eram 4.042 os professores com horário
zero. Professores dizem que estão em risco docentes de todas as áreas.
Entre sete e oito mil professores dos quadros estão em risco de passar à mobilidade da Função Pública, por não terem horário atribuído. Em vésperas das escolas indicarem quais os horários disponíveis para o próximo ano lectivo - o prazo acaba na sexta-feira -, os professores dizem que se vive um ambiente de "pânico", num sector em que o desemprego disparou 120% no último ano, segundo o IEFP.
A Fenprof estima que, no próximo ano lectivo, "irão disparar os
horários-zero, atingindo uma dimensão nunca antes vista". Cerca de oito
mil professores - o dobro do ano passado - não vão ter horário e, por
isso, devem apresentar-se ao concurso de colocação que arranca na
próxima segunda-feira. Isto porque, segundo a estimativa da Fenprof, as
escolas vão eliminar cerca de 25 mil horários no ano 2012/13, levando ao
desemprego "entre 15 a 20 mil contratados" e "entre sete a oito mil
professores professores ficarão com horário zero", alerta o
secretário-geral Mário Nogueira.
Segundo o ministério da Educação, no ano passado, eram 4.042 os
professores dos quadros que em Agosto tinham horário zero, sendo que
2.192 acabaram por conseguir colocação depois de terem ido a concurso.
Apesar do prazo das escolas só terminar esta sexta-feira, já é
possível apurar que a tendência será de redução do números de
professores contratados e de aumento de docentes dos quadros que não vão
ter colocação. Em causa estão professores "com muito anos de serviço,
chegando a atingir os 25 anos e que vão ficar desempregados" para além
dos docentes do quadro, "com mais de 30 anos de serviço, que ficarão com
horário zero em algumas disciplinas", assegura Mário Nogueira.
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